O “Dezembro Vermelho” tem o intuito de chamar atenção para as medidas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas vivendo com HIV.
Apesar dos tratamentos avançados, ainda não existe a cura. E persistem o estigma, o preconceito e dificuldade de aceitação do diagnóstico e do tratamento. A AIDS causa polêmica por estar associada a dois temas considerados tabus em nossa sociedade: o sexo e a morte.
A vergonha e a culpa que a pessoa com o vírus sente e o tratamento social que recebe, são grandes barreiras na batalha para impedir a disseminação da doença. pois são comuns as vivências silenciosas e solitárias da doença.
Compartilhar o diagnóstico e falar abertamente sobre o tema ainda causa muito desconforto.
Abaixo alguns impactos psicossociais da doença:
– Choque: pelo diagnóstico e pela possibilidade de morte;
– Medo e Ansiedade: pelo prognóstico incerto e o curso da doença, pelos efeitos da medicação e do tratamento, pela possibilidade de infectar os outros e reinfectar-se, por perda das capacidades cognitivas, físicas, sociais e de trabalho;
– Depressão: pela inexistência de cura, pelo vírus controlando o futuro de sua vida, por culpabilização e recriminação por ter se exposto ao vírus;
– Raiva e Frustração: por incapacidade de superar o vírus, por novas e involuntárias restrições de saúde ou estilos de vida, pela incerteza do futuro;
– Culpa: por um estilo de vida passado levar à exposição ao vírus, pela possibilidade de ter infectado outros involuntariamente;
– Problemas obsessivos: busca incessante por novas evidências diagnósticas, cuidados sobre a saúde e dietas alimentares, preocupação com doenças e morte, e evitação de novas infecções.
O tratamento médico e o acompanhamento psicológico podem trazer mais bem-estar e autoestima para quem está enfrentando esta doença.
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Jéssica de Sá Moraes
Psicóloga
CRP 08/21317